quarta-feira, 30 de julho de 2008

- seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira?!

Em mim ainda resta esta história que conto quando menos percebo, ás vezes como exemplo, ás vezes como reflexão...
Você ainda está me ouvindo?
Anotações jogadas sobre a mesa, cinzeiro cheio, lembranças de outras noites, copos com indícios de sede, e este pedaço, um tanto amassado, de papel onde anotei frases decoradas, frases ROUBADAS, sobre o 'amor' e a 'falta dele'.

Frases que talvez tenha que decifrar. Algo como 'eu nunca vivi'.

Nada disso existe!
(nada disso existe?)

Não me orgulho deste pensamento, algo sangra em mim. Em mim sangra algo parecido com o que me disse naquela outra noite. É, você me disse muitas coisas sobre você, eu que não pude dizer nada sobre mim. Espero que tenha entendido!
Mas respiro fundo, procuro movimentos para as mãos, enquanto reflito palavras para escrever. Isso é mais vida em mim!
'Procuro ilusões' foi o que me disse naquela noite. Eu ainda não entendi o porquê. Talvez você não acredite 'nisso' também! Hoje em dia, quem acredita?
Procura por indícios inofensivos em seu apartamento? Não seriam vícios inofensivos? São dragões que moram com você!
" Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões ". (Caio F.) Sabia que encontraria palavras dele para este momento. Ele nunca me faltou com palavras!
Repito e repito esses confusos aprendizados, como se ‘eu-comigo-mesma' não entrasse em atrito, como se não me atingisse como aquelas... AQUELAS...

O que foi que disse mesmo?
Ele disse: " Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce.
Não, isso também não é verdade.”


(baseado em fragmentos de textos de Caio F)

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