Descrições feitas por mim de mim mesma. (DESCONHECIDAS)
Momento: Dentro de um segundo de tempo;
De prontidão, a espera de vozes no portão se segurando a cadeira com suas costas coladas e postas naquela posição reta. Mãos ocupadas, envolvidas e envolta de um livro, um de seus favoritos (confissão: seu favorito). Seus olhos se movendo cautelosamente pelas linhas, se mexendo demonstravam alteração de sentido quando ocorrido. O livro parecia fazer parte de suas mãos, braços e todo o resto e todo o resto, junto aos braços e mãos se sentiam amplamente à-vontade diante do contador de histórias.
Já não se mexia mais, não depois de chegar a página 125. Parecia atenta ao próximo parágrafo como quem ouve uma história 'contada pessoalmente com detalhes, respiração pausada e olhares baixos'. Eu diria que estava encantada, ela diria que 'não usaria essa palavra' como definição. O céu era seu ponto de pausa, sua vista exata em meio a interrupções causadas por ela, sem intenções. Mas observar o céu nunca foi algo pensado, sempre uma pílula forte de calma. E toda a calma do mundo estava posta no céu aquela tarde, misturada ao espaço vago, o azul que driblava as nuvens para ser presente. E quando se pôde notar estava de alma sorridente, ela estava adorando cada página, cada descrição inesperada. Não era mais um livro que lera, não lhe parecia desconhecido como os outros, mas muito intimo, impressionantemente intimo de suas idéias postas de lado esses dias. Dividia com ela um espírito aventureiro que ninguém jamais pareceu dividir e as atitudes que iam aparecendo eram sempre compreendidas, admiradas, de fato havia um compartilhamento de interesses, talvez isso os tivesses unido naquele primeiro encontro onde ela ganhava um embrulho dourado e ele esperava ser descoberto.
Como ultima visão: Lá estava ela de olhos animados, frente a frente com o contador de histórias do momento. Ultimo comentário: Comentário algum!
Reflexão sobre o céu: Um céu nunca é igual ao outro e todos os céus continuam a ser um só, freqüentando o mesmo ponto acima de nossas cabeças e -comprovado por estudos- pensamentos confusos.
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