segunda-feira, 7 de setembro de 2009

FERIADO

No momento a distância tem sido a vilã, daquelas bem malvadas, interpretadas por atrizes bonitas e de expressão forte, que roubam velhinhos e matam vizinhos.
E eu questiono não sei a quem se a distância tem intensificado, ou se é consequência de uma distância já existente. Que piegas.
Sabe, já perdi contato com várias pessoas, umas eu senti, outras eu não minto, foram tarde, uma ou duas me conformei, afinal eu sei que algumas pessoas ficam em nossas vidas por determinados momentos, mudam pensamentos, intensificam momentos e se vão.
e você deve estar se perguntando: por que diabos ela está falando sobre isso? hoje eu senti um espaço vago tão grande entre ela. e não tem a ver com distância, não moramos tão longe, uma hora, isso em uma velocidade média. Mas mesmo assim é como se eu morasse em São Paulo e ela no Polo Norte, na ponta afastada do norte. E cai uma dor repentina, uma pontada de dor no lado esquerdo do peito. Algo que disfarço com um cigarro.
Posso dizer, tentei me aproximar quando morávamos juntas, e como eu tentei, mas tudo do que falávamos era sobre os episódios das novelas e o preço do açúcar no mercado. Mas eu sentia falta das conversas sobre garotos, sobre a família e um cafuné que só as mães podem dar, com direito a puxão de orelha, afinal, nem tudo é festa. AH, como eu sentia.
Mas veja só, de vez enquando, aquele 'quando mesmo' ligo para saber se está tudo bem e normalmente está, ela sempre diz a mesma coisa: “- está indo”. Eu sei que está. Conversamos rápido, nada que eu possa me apegar e por fim

- Então, tchau. Apareço por ai.
- Apareça.
- Ok, beijo.
- Outro.
E eu afirmo, mesmo estando aqui ou lá a distância é a vilã. Mas falamos disso amanhã. Preciso desligar.



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